a primeira colherada na tigela (...) nesse exato instante, com menos da metade de todo o leite, que há pouco lhe enchia. ao mastigar os grãos de natureza, ouvindo o barulho das águas violentas, lembrei-me de ti. tua pele, teu sorriso doce, tua voz macia. as lembranças, misturadas ao som de uma música empoeirada - que nada tem haver conosco, apenas possui uma doce melodia - fizeram-me recorrer à um velho caderno, no qual jogos de palavras foram feitos, e que apenas tu, poderia entender.
agora, todo o leite gélido se foi. a poesia, que me encantava, não brilha mais, mas seu rosto moreno, meio sem jeito, ainda me assombra de uma forma que faz a alma sorrir, ou seria chorar?
agora, que me perdi em teu olhar, não acho mais palavras, para explicar, tudo o que eu tinha para falar.
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